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Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal, Vol. 2 (ebook)

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Na Luz da Verdade – Mensagem do Graal, Vol. 2 (ebook)

“Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal é uma obra clássica que oferece respostas claras e objetivas às perguntas que sempre desafiaram os seres humanos. Esse livro foi escrito entre os anos de 1923-1938 e é uma coletânea de 168 capítulos, ordenados de modo a explicar os aspectos da vida, a Obra de Deus, o Universo e as Leis que regem a Criação. Explicações sobre livre arbítrio e responsabilidade, intuição e intelecto, o Além e os diversos planos do Universo, a Justiça e o Amor de Deus. Responde eternas questões sobre qual o sentido da vida na Terra, a origem do homem e o que acontece conosco após a morte terrena. Também aborda e explica as causas das crises sem precedentes que a humanidade enfrenta nos tempos atuais e nossas responsabilidades para o futuro.

“Na Luz da Verdade”, Mensagem do Graal apresenta ao ser humano, explicações concretas sobre a origem da vida, carma, destino, reencarnação e as diversas vidas na Terra, a verdadeira missão de Jesus, Juízo final, a influência dos astros, o corpo, a alma e o espírito, de onde viemos, quem somos e para onde vamos, e muitoas outras questões.

RESPONSABILIDADE

Esta questão é sempre uma das primeiras que se coloca, porque a grande maioria das pessoas gostaria demais de livrar-se de toda responsabilidade, preferindo lançá-la sobre outra pessoa qualquer, contanto que não fosse sobre si próprias. Para elas não tem importância que no fundo isso represente uma autodesvalorização. Neste aspecto, elas são realmente bem humildes e modestas, mas só com o intuito de se divertirem mais e viverem despreocupadamente e sem escrúpulos.

Seria tão maravilhoso satisfazer todos os seus desejos e poder tranqüilamente dar livre curso aos seus apetites, mesmo perante outras pessoas, sem que nenhum castigo resultasse de tudo isso. As leis terrenas podem, em caso de necessidade, ser burladas, evitando-se conflitos. Os mais habilidosos até podem, acobertados pela lei, empreender trapaças com bastante sucesso e fazer muitas coisas que não resistiriam a nenhuma prova de ordem moral. Com isso, muitas vezes ainda chegam a gozar da fama de serem pessoas excepcionalmente eficientes.

Poder-se-ia, portanto, com alguma esperteza, viver realmente de maneira cômoda, de acordo com o próprio ponto de vista, se ... em algum lugar não existisse algo que despertasse um sentimento desagradável e se, de tempos em tempos, não se manifestasse uma inquietação crescente de que alguma coisa finalmente poderia ser um pouco diferente do que os próprios desejos concebem.

E realmente é assim mesmo! A realidade é séria e inexorável. Os desejos dos homens não podem neste aspecto acarretar nenhum desvio. Férrea permanece a Lei: “O que o homem semeia, colherá multiplicado!”

Estas poucas palavras encerram e dizem muito mais do que alguns possam pensar a esse respeito. Inflexíveis e precisas, elas correspondem ao verdadeiro processo da reciprocidade, que repousa na Criação. Não se poderia encontrar expressão mais adequada para isso. Assim como a colheita é a multiplicação de uma semeadura, da mesma forma sempre retorna ao homem, multiplicado, aquilo que de acordo com a qualidade de sua vontade ele desperta e emite com suas próprias percepções intuitivas.

O homem é, portanto, responsável espiritualmente por tudo que faz. Essa responsabilidade tem início desde o instante da resolução e não só por ocasião do ato consumado, que é apenas a conseqüência da resolução. E a resolução é o despertar de um sério querer!

Não há separação entre o Aquém e o chamado Além, mas tudo representa um único e imenso existir. Toda a grandiosa Criação, visível e invisível ao homem, não funciona separadamente, mas se entrelaça como um mecanismo surpreendentemente engenhoso que jamais falha. Leis uniformes sustentam o Todo e, como feixes de nervos, o percorrem e o mantêm unido, provocando mutuamente constantes efeitos de reciprocidade!

Ora, quando as escolas e as igrejas falam do céu e do inferno, de Deus e do diabo, estão certas. Errado é dar uma explicação sobre forças do bem e do mal. Isso há de levar imediatamente qualquer perscrutador sincero à dúvida e ao erro, pois, onde há duas forças, logicamente tem que haver dois soberanos, portanto dois deuses, um bom e um mau.

E esse não é o caso!

Há um Criador, um só Deus e por isso também uma Força, que perflui, vivifica e fomenta tudo que existe!

Essa Força de Deus, pura e criadora, perflui ininterruptamente toda a Criação e a ela é inerente e inseparável. Pode ser encontrada em qualquer lugar: no ar, em cada gota d’água, na formação dos minerais, no desenvolvimento das plantas, no animal e também no homem. Nada existe onde Ela não se encontre.

E da mesma forma que Ela percorre tudo, assim também perflui ininterruptamente o ser humano. E este é constituído de tal forma, que se assemelha a uma lente. A uma lente que converge os raios solares que a perfluem e, concentrados, os transmite; esses raios, concentrados num ponto, produzem calor, queimam e desencadeiam fogo; assim o homem, por sua constituição especial, por sua intuição, converge a Força Criadora que o perflui e, concentrada, A transmite por meio de seus pensamentos.

Conforme a espécie de sua intuição e de seus pensamentos a Ela ligados, o homem dirige a Força Criadora de Deus, que é autônoma, para fins benéficos ou maléficos!

Essa é a responsabilidade que o homem tem que assumir! Nela reside também seu livre arbítrio!

Vós que muitas vezes procurais tão obstinadamente encontrar o cami­nho correto, por que tornais essa tarefa tão difícil para vós mesmos? Com toda a simplicidade, imaginai o quadro, como a Força pura do Criador vos perflui e como A dirigis com vossos pensamentos para uma direção boa ou má. Com isso encontrareis tudo, sem esforço e sem preocupação!

Ponderai que depende da simplicidade de vossa intuição e de vossos pensamentos, que essa imensa Força acarrete o bem ou o mal. Que poder edificante ou destrutivo vos é dado com isso!

Não há necessidade de vos esforçardes a ponto de o suor brotar em vossa fronte, não precisais vos agarrar às assim chamadas práticas ocultis­tas, a fim de alcançardes, por meio de todas as possíveis e impossíveis contorções físicas e espirituais, algum degrau completamente insignificante para impulsionar a vossa verdadeira ascensão espiritual!

Desisti dessa brincadeira que só rouba tempo, que tantas vezes já se tornou um penoso tormento e não representa outra coisa senão os antigos auto-flagelos e mortificações nos conventos. Ela apenas apresenta uma forma diferente daquelas, porém tampouco vos poderá trazer proveito.

Os chamados mestres e alunos do ocultismo são, no verdadeiro sentido da palavra, modernos fariseus! São o reflexo fiel dos fariseus do tempo de Jesus de Nazaré.

Lembrai com pura alegria que, por meio da simplicidade de vosso intuir e pensar bem intencionados, sois capazes de direcionar sem dificuldade essa única e imensa Força da Criação. Então essa Força produzirá efeitos exatamente de acordo com a qualidade de vossa intuição e de vossos pensamentos. Ela trabalha por Si só, vós precisais simplesmente direcioná-La.

Isso se processa com toda a simplicidade e singeleza! Não há necessidade de erudição, nem mesmo de saber ler e escrever. Isso é dado a cada um de vós na mesma medida! Nisso não existe nenhuma diferenciação.

Assim como uma criança pode, brincando, ligar no interruptor a corrente elétrica, que resulta em efeitos gigantescos, assim vos é concedido direcionar a Força Divina simplesmente por meio de vossos pensamentos.

Com isso podeis vos alegrar e orgulhar, desde que A utilizeis para o bem! Porém estremecei, se A desperdiçardes inutilmente, ou até mesmo A utilizardes para fins impuros! Porque não podeis escapar à Lei da Reciprocidade que repousam na Criação. Mesmo que possuísseis as asas da aurora, a Mão do Senhor, de cuja Força abusastes, vos atingiria por meio dessa reciprocidade que atua automaticamente, onde quer que vos escondêsseis.

Tanto o mal como o bem são efeitos da mesma Força pura Divina!

E a maneira de utilizar essa Força uniforme de Deus, que é de livre esco­lha de cada um, encerra a responsabilidade, da qual ninguém pode se esquivar. Por isso conclamo a cada um que procura:

“Mantém puro o foco de teus pensamentos, assim proporcionarás paz e serás feliz!”

Rejubilai-vos, ignorantes e fracos, pois vos é dado o mesmo poder que aos fortes! Portanto não torneis as coisas difíceis demais para vós! Não vos esqueçais de que a pura, autônoma Força de Deus também vos perflui e de que, como seres humanos, vós também sois capazes de imprimir a essa Força uma determinada direção, de acordo com a espécie de vossos sentimentos intuitivos mais íntimos, portanto de vossa vontade para o bem ou para o mal, destruindo ou edificando, trazendo alegria ou sofrimento!

Uma vez que só existe essa única Força de Deus, também se explica com isso o mistério por que, em toda séria luta final, as trevas terão que ceder à Luz; o mal, ao bem. Se direcionardes a Força de Deus para o bem, então essa permanecerá límpida em sua pureza original, desenvolvendo desse modo uma força muito maior, enquanto que com a turvação da pureza ocorre simultaneamente um enfraquecimento. Assim, em qualquer luta final vencerá sempre a pureza da Força e ela será decisiva.

O que é bom e o que é mal, cada um sentirá até na ponta dos dedos, sem nada dizer. Ficar cismando sobre isso só traria confusão. O cismar obscuro é desperdício de força, qual pântano, lodaçal tenaz, que agarra e sufoca de maneira paralisante tudo o que está ao alcance. Todavia a alegria refrescante rompe as algemas dessa cisma. Não tendes necessidade de serdes tris­tes e deprimidos!

A qualquer momento podeis iniciar o caminho para o alto e reparar o passado, seja este qual for! Nada mais deveis fazer senão pensar que a Força pura de Deus vos perflui constantemente; então automaticamente recuareis assustados ante o fato de dirigirdes essa pureza para canais sujos de pensamentos funestos, visto que sem nenhum esforço podereis alcançar da mesma maneira o que há de mais sublime e de mais nobre, precisais apenas direcionar essa Força e Ela então, por Si só, atuará no sentido desejado por vós.

Assim tendes nas próprias mãos a felicidade ou a infelicidade. Por isso erguei altivamente a vossa cabeça e, livre e corajosamente, levantai a vossa fronte. O mal não poderá se aproximar, se não o chamardes! Conforme quiserdes, assim vos acontecerá!


DESTINO

Os Homens falam de destino merecido e não-merecido, de recompensa e castigo, de remuneração e karma.

Tudo isso são apenas designações parciais de uma Lei que repousa na Criação: a Lei da Reciprocidade!

Uma Lei que, ancorada em toda a Criação desde os primórdios, foi indissoluvelmente urdida no imenso e incessante evoluir como parte necessária do próprio processo de criar e do desenvolvimento. Como um gigantesco sistema de delicadíssimas fibras nervosas, essa Lei sustenta e vivifica o imenso Universo e promove contínuo movimento, um eterno dar e receber!

Jesus já o dissera de maneira simples e singela, porém tão exata: “O que o homem semeia terá que colher!”

Essas poucas palavras refletem a imagem da atividade e da vida em toda a Criação de maneira tão brilhante, que dificilmente isso poderia ser dito de outra forma. O sentido dessas palavras está ferreamente urdido em tudo o que existe: imutável, intocável, incorruptível em seu efeito contínuo.

Podeis ver isso se realmente quiserdes! Começai então pela observação do ambiente que agora vos é visível. Aquilo que chamais de Leis da Natureza são deveras as Leis Divinas, a Vontade do Criador. Logo reco­nhecereis como ininterruptamente se encontram essas Leis em contínua atividade, pois se semeardes trigo, não colhereis centeio e, se espalhardes centeio, não nascerá arroz!

Isso é tão natural a todo homem, que nem lhe ocorre refletir sobre o próprio fenômeno. Por isso, ele nem mesmo tem consciência da severa e grandiosa Lei que aí repousa. E, no entanto, ele se encontra diante da resposta de um enigma, que para ele não teria necessidade de ser.

Portanto essa mesma Lei que aqui podeis observar se efetua com idêntica certeza e intensidade também nas coisas mais delicadas, que tendes capacidade de reconhecer só através de lentes de aumento, e ainda se estende mais, até a matéria fina da Criação inteira, que é a parte incomparavelmente maior. Ela está presente de maneira imutável em todos os fenômenos, também nas mais sutis elaborações de vossos pensamentos, que ainda possuem também um certo teor de materialidade.

Como pudestes supor que as coisas deveriam ser diferentes justamente naquilo que queríeis que fossem? Na realidade, vossas dúvidas não são outra coisa senão a expressão de vossos desejos íntimos!

Em tudo o que existe, visível e invisível para vós, não é diferente, pois cada espécie produz a mesma espécie, seja de qual matéria for. O mesmo se mantém para o crescer e o evoluir, o frutificar e a reprodução da mesma espécie. Esse fenômeno se estende uniformemente por tudo sem fazer distinções, sem deixar nenhuma lacuna, e não se detém ante nenhuma outra parte da Criação, porém, como um fio impossível de se romper, atravessa-A com seus efeitos, sem se interromper ou cessar.

Embora a maior parte da humanidade tenha se isolado do Universo devido à sua limitação e presunção, nem por isso as Leis Divinas, ou Leis da Natureza, deixaram de considerá-la como pertencente ao Universo, nem deixaram de trabalhar de maneira imutável, tranqüila e uniforme.

A Lei da Reciprocidade, todavia, também exige que o homem terá que colher tudo o que semeia, isto é, lá onde deu origem a um efeito ou conseqüência!

É sempre apenas no início de cada coisa que o homem pretenda fazer, que ele dispõe da livre decisão, da livre deliberação quanto à direção que deve ser dada à Força Universal que o perflui. Então, terá que suportar as conseqüências resultantes da atuação dessa Força na direção por ele desejada. Apesar disso, muitos insistem na afirmação de que o homem não tem livre arbítrio, se estiver sujeito a um destino!

Essa tolice só deve ter por finalidade o atordoamento de si mesmos, uma submissão rancorosa a algo inevitável, uma resignação queixosa, mas principalmente é uma maneira de desculparem a si próprios, pois cada uma dessas conseqüências que recai sobre o homem teve um início, e esse início causou os efeitos posteriores de uma livre decisão tomada anteriormente por ele.

Essa livre decisão precedeu um dia cada efeito de reciprocidade, portanto cada destino! Com um querer inicial, cada vez o homem produziu ou criou algo que, mais tarde, num tempo mais curto ou mais longo, um dia ele próprio terá que vivenciar. Quando isso irá se realizar é, porém, muito variável. Poderá ser ainda na mesma existência terrena, em que o querer inicial criou o começo para isso, assim como também poderá acontecer no mundo de matéria fina, após o abandono do corpo de matéria grosseira, ou então ainda mais tarde, na matéria grosseira, durante uma nova existência terrena.

Tais mudanças não têm, no caso, nenhuma importância, não livram o homem desses efeitos. Permanentemente ele carrega consigo os fios de ligação, até que deles seja libertado, isto é, até que seja “desligado” através do derradeiro efeito, que se processa por meio da Lei da Reciprocidade.

Quem forma algo fica ligado à sua própria obra, mesmo que a tenha destinado a outrem!

Portanto, se hoje uma pessoa resolve causar algum mal a outrem, seja em pensamentos, palavras ou ações, então, com isso, ela “inseriu no mundo” algo, não importando se a todos é visível ou não, de matéria grosseira ou fina; é algo que tem força e, por conseguinte, vida em si, que vai evoluindo e atuando na direção desejada.

O que o efeito provoca naquele a quem é destinado, depende inteiramente da condição de sua alma, podendo com isso causar dano grande ou pequeno, talvez também diferente do que foi desejado, ou até mesmo não causar dano algum; pois o estado de alma da pessoa visada é, por sua vez, o único determinante para a mesma. Portanto ninguém fica sem proteção, à mercê de tais coisas.

Diferente é com aquele que, por meio de sua resolução e de seu querer, deu origem a esse processo, ou seja, que foi seu autor. Sua obra fica a ele incondicionalmente ligada e, reforçada pela atração dos homólogos após uma peregrinação mais curta ou mais longa pelo Universo, retorna a ele carregada, como uma abelha.

A Lei da Reciprocidade se desencadeia aí, quando cada obra gerada, por meio do seu movimento pelo Universo, atrai as várias espécies análogas ou quando ela mesma é por estas atraída; e por meio dessa fusão, surge então uma fonte de energia que, como uma central distribuidora, devolve força intensificada de espécie análoga a todos aqueles que estão ligados por suas obras ao ponto de concentração da espécie análoga, como que por meio de fios.

Por meio dessa intensificação, ocorre também uma condensação cada vez maior, até finalmente resultar em um sedimento de matéria grosseira, no qual o autor de outrora agora terá que viver, vivenciando-o até à exaus­tão, de acordo com a espécie anteriormente desejada por ele, para ser, finalmente, libertado disso.

Eis a origem e o desenvolvimento do tão temido e incompreendido destino! Ele é justo até a mais ínfima e sutil graduação porque, através da atração só do que é homólogo, jamais poderá trazer na irradiação de efeito retroativo, algo diferente daquilo que realmente se desejou no início.

Se isso visa particularmente uma outra pessoa ou se atua num sentido geral é indiferente; pois o mesmo processo de desenvolvimento se dá naturalmente também se a pessoa não dirigir necessariamente seu querer a outra pessoa ou a várias, mas, se de modo geral, estiver vivendo em alguma espécie de querer.

A espécie do querer pela qual ela se decide é determinante para os frutos que finalmente terá que colher. Assim, estão ligados ao homem incontáveis fios de matéria fina ou o homem a eles, e todos esses fios fazem retornar a ele tudo quanto um dia desejou. Tais correntes formam uma mistura, que exerce constantemente uma forte influência na formação do caráter.

Assim, no gigantesco mecanismo do Universo, existem muitas coisas que contribuem para a “sorte” dos homens, porém nada existe a que o próprio homem não tenha anteriormente dado origem.

É ele que proporciona os fios com os quais é confeccionado, no incansável tear da existência, a vestimenta que terá que usar.

Cristo expressou de forma clara e incisiva a mesma coisa, quando disse: “Aquilo que o homem semeia terá que colher.” Ele não disse “pode” co­lher mas sim “terá” que colher. É o mesmo que dizer: ele terá que colher o que semeou.

Quantas vezes se ouvem pessoas geralmente muito sensatas dizerem: “É incompreensível para mim que Deus permita tal coisa!”

Incompreensível, porém, é que os homens possam dizer tal coisa! Quão pequeno, segundo essa observação, os homens imaginam Deus! Com isso dão prova de que O concebem como um “Deus de ações arbitrárias”.

Mas Deus não interfere diretamente em todas essas preocupações hu­manas, pequenas ou grandes, tais como: guerras, miséria e demais coisas terrenas! Desde o início Ele urdiu na Criação Suas Leis perfeitas, que executam automaticamente seu trabalho incorruptível, de maneira que tudo se cumpra com exata precisão, se desencadeie eternamente da mesma maneira, com o que fica excluída tanto a possibilidade de favorecer como de prejudicar, sendo impossível qualquer injustiça.

Portanto Deus não precisa se preocupar especialmente com isso, Sua Obra não apresenta lacunas.

Um dos principais erros de muitas pessoas, no entanto, é fazerem julgamento somente segundo os princípios da materialidade grosseira e considerarem-se nela como ponto central, assim como contarem com uma única existência terrena, quando, na realidade, já tiveram diversas vidas na Terra. Essas, assim como também os intervalos no mundo de matéria fina, equivalem a uma única existência, através da qual os fios estão fortemente esticados, sem interrupção, de maneira que, nos efeitos de cada existência terrena, se torna visível apenas uma pequena parte desses fios.

Portanto é um grande engano acreditar que com o nascimento principia uma vida totalmente nova, que, portanto, uma criança é “inocente”* e que todos os acontecimentos devem ser computados como pertencentes ape­nas a uma curta existência terrena. Se isso fosse verdadeiro, então a justiça existente naturalmente exigiria que causas, efeitos e reciprocidades, juntos, ocorressem durante uma única existência terrena.

Afastai-vos desse engano. Então ireis descobrir rapidamente em todos os acontecimentos a lógica e a justiça, hoje tão freqüentemente ausentes!

Muitos se assustam com isso e temem o que, segundo essas Leis, ainda têm de esperar da reciprocidade de tempos passados.

Mas são preocupações desnecessárias para aqueles que levam a sério a boa vontade; pois nessas Leis automáticas também repousa ao mesmo tempo a garantia segura da graça e do perdão!

Totalmente independente do fato de que, com o firme início da boa vontade, imediatamente é colocado um limite naquele ponto em que a corrente dos nocivos efeitos recíprocos terá que chegar a um fim, ainda entra em vigor um outro processo que é de imenso valor, a saber:

Por meio da constante boa vontade em todo o pensar e agir, flui também retroativamente constante reforço da fonte de energia homóloga, de maneira que o que é bom se torna cada vez mais forte no próprio homem, dele emerge formando, de acordo com isso, primeiramente o ambiente de matéria fina, que o envolve como um invólucro protetor, semelhante à camada atmosférica que envolve a Terra, protegendo-a .

* Dissertação: O mistério do Nascimento

Se então efeitos retroativos nocivos de outrora se desencadearem sobre essa pessoa, resvalam na pureza de seu ambiente ou de seu invólucro e assim serão desviados dessa pessoa.

Porém, se apesar disso eles penetrarem nesse invólucro protetor, suas irradiações nefastas ou serão imediatamente desintegradas, ou significativamente enfraquecidas, de modo que os efeitos nocivos podem não ocorrer ou só em escala muito pequena.

Além disso, devido à transformação ocorrida, também o verdadeiro íntimo do homem, com o qual se sintonizam as irradiações retroativas, se tornou, com seu constante anseio pela boa vontade, muito mais delicado e leve, de maneira que ele não está mais em afinidade com a densidade maior das correntes nefastas ou inferiores; semelhante à telegrafia sem fio, quando o aparelho receptor não está sintonizado com a freqüência do aparelho emissor.

A conseqüência natural disso é que as correntes mais densas, por serem de espécie diferente, não podem se agarrar e passam inócuas, sem deixar efeitos maléficos, desligadas por meio de uma ação simbólica inconsciente, de cuja natureza irei falar futuramente.

Por isso, sem demora, mãos à obra! Na Criação, o Criador colocou tudo em vossas mãos. Aproveitai o tempo! Cada instante encerra para vós perdição ou proveito!


Plus d’information
ISBN 978-3-87860-597-3
Auteur Abd-ru-shin
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Langue Português
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